28 junho 2015

Os extremos da moda.


Oi pessoal, tudo bom? Hoje vim falar um pouco sobre uma coisa que me chama muita a atenção no mundo da moda: os extremos. Vou fazer esse post com base na classe média e média alta, que tem cada vez mais deixado de se importar com o mediano.

Como comentei no último post sobre Haute Couture, a moda está em um momento de transição muito intenso. Acontece que alguns anos atrás, a relação entre o público alvo da loja e o nível social do cliente era muito mais compatíveis. Ou seja, o mais comum era que se a mulher fosse da classe média alta, ela frequentaria lojas para pessoas com esse nível. Sejam roupas ou acessórios, a maior parte das mulheres (e homens) se identificavam com a loja não só no estilo, mas no preço também.


Hoje em dia já não é bem assim. Marcas de luxo como Fendi, Jimmy Choo e Bottega Venetta ficam mais desejadas a cada dia que passa, e lojas baratas como Forever 21, H&M e Renner, são cada vez mais visitadas pelo tipo de cliente que antes, ficaria no meio termo.

Ou seja, de um lado está a fast fashion, criada para que com o menor preço possível, o cliente escolhe na hora as roupas que irá usar durante um curto período. A fast fashion alimenta a vontade do novo, de consumir algo com maior frequência ou de ter alguma coisa diferente e que está "na moda". As roupas compradas em lojas desse tipo raramente têm uma importância sentimental, ou pretenção de usar durante toda a vida. Por esse motivo, essas lojas têm uma variedade imensa, e atualizam sempre suas coleções.


Do outro lado está o luxo, que ao contrário da fast fashion, foca na qualidade ao invés da quantidade, e no tempo ao invés de tendências e modinhas. O desejo do luxo vem da vontade de ter o melhor, algo especial que, muitas vezes, foge da sua realidade. Peças de luxo, principalmente acessórios, são compras planejadas não só financeiramente, mas também para o uso durante a vida (ou durante um longo período).


E as marcas do meio? E as lojas que não são tão baratas e não mudam tão frequentemente como as lojas baratinhas, mas que também não fornecem a exclusividade, não só de design, mas de acabamento perfeito, presente nas marcas de luxo? Essas devem começar a sumir aos poucos?

Estou lendo um livro super interessante, e uma das coisas que Frances Corner diz é que na moda existem a tartaruga e a lebre, uma rápida e uma devagar. Depois, para sacanear com as marcas que estão no meio termo, ele cita o Dodô, que é uma ave não voadora que já foi extinta.


Claro que as fast fashions e grifes de luxo também têm seu valor criticado pelos consumidores da moda mediana. Grifes de luxo por exemplo, são sempre criticadas pelos preços elevadíssimos e por usarem couros exóticos e peles animais em seus produtos. Já lojas baratas, são muito criticadas pela incógnita sobre a origem dos produtos. A Zara causou maior tumulto pela utilização de químicos que causam danos ao meio ambiente, e a Primark é constantemente criticada pela mão de obra praticamente escrava.


Realmente gente, se eu for incorporar essa teoria com o meu lifestyle, ela está mais do que provada! Para roupa, não acho que o investimento vale a pena, e minhas queridinhas são as lojas baratas. Mas para outras coisas que naturalmente duram mais, como bolsas e acessórios, prefiro juntar e gastar com algo melhor.

Acho que deu para entender a ideia né? Não é um post de dica, e sim um post alertando sobre uma coisa que de fato está acontecendo.

Espero que tenha sido útil.
Abraços, Lucas.

23 junho 2015

Alta Costura: Famosa porém pouco conhecida.


Quem nunca ouviu falar em alta costura? Na verdade o nome de origem é Haute Couture, e você com certeza já ouviu falar pelo menos uma vezinha na vida. Em resumo, podemos dizer Haute Couture é um tipo de produção de moda (feito a mão para grifes e designer famosos) praticado na frança.


Na verdade ele foi criado na Inglaterra, mas isso não vem ao caso, pois no século 19 ele foi para a França e até hoje, Paris é a capital do Haute Couture. Sua principal finalidade era manter Paris a capital e o centro das atenções do mundo da moda. Haute Couture, não é simplesmente uma casa que produz vestidos lindos, ricos e bordados; existe um sindicato chamado Chambre Syndicale de la Haute Couture, com regras bem restritivas para o designer ou estilista que quiser se encaixar.


Quais são os principais requerimentos?

- A casa tem que produzir peças únicas para clientes privados, e para isso pelo menos um ajuste é necessário. O cliente também pode pedir alguma mudança nas roupas originais, para deixar ela realmente única.

- Eles precisam mostrar (lembrando que desfile não é a única forma de mostrar uma coleção) no mínimo duas coleções ao ano, uma em Janeiro e uma em Julho, sendo que cada uma dessas coleções precisa de no mínimo 35 looks (sejam vestidos ou conjuntos) para dia e noite.

- Como é um processo muito demorado, o sindicado exige no mínimo 15 pessoas trabalhando full-time, ou seja, período integral.

- Tudo que faz parte da roupa, do sapato ao chapéu,  deve ter sido feito a mão, sem exceções.

- Isso não é um requerimento, e sim uma curiosidade, pois muita gente pensa que não, mas existe sim, alta costura para moda masculina.


Agora vamos parar para pensar: para que tudo isso? 

Muita gente acha que esse tipo de roupa, que além de ter o nome da grife e a qualidade de uma marca de luxo, tem uma exclusividade e preciosidade jamais vista em outro ramo da moda, uma simples perda de tempo. Tempo porque, cada um desses vestidos ou seja lá o que for, demora de 100 a 400 horas de trabalho manual para ficar pronto. Agora você entendeu porque o vestido que fulana usou no Oscar pode chegar a 6 dígitos?

Foto durante a produção do vestido Christian Dior que apareceu acima. 

O Haute Couture sofreu uma crise brava um tempo atrás, tipo Brasil atualmente, sabem? Quando ninguém mais tem esperança de melhorar? Esse consumismo exagerado dos dias atuais, fortaleceu as lojas de departamento mas prejudicou muito o mercado de luxo, principalmente a alta costura que não é nada mais do que o luxo do luxo. Mas com o aumento de riquezas em alguns países, principalmente os Asiáticos, o Haute Couture não só teve um aumento no número de clientes, mas novas grifes como Dolce & Gabbana e outras, aderiram a essa forma artesanal de produzir moda.


A verdade é que o Haute Couture está muito longe de ostentação e luxo. Claro que isso acontece (e muito) em um mundo paralelo não muito próximo ao meu, mas Alta Costura na verdade é a forma capitalista que as grifes e designers conseguiram para mostrar esse tipo e arte, e manter uma tradição passada de hereditariamente (ou simplesmente desenvolvida com o treino) de costurar, bordar, e trabalhar com materiais e peças preciosas.


O consumo está sempre presente, para mostrar como existe desigualdade social nesse mundo, mas, ao contrário das fábricas de roupas baratas de Bangladesh, que pagam uma média de 40 dólares mensais para um trabalho repetitivo e cansativo, a Alta Costura é justa, paga bem, e preserva tradições muito antigas, que se dependessem da economia atual, já estariam extintas.


Eu sei que esse texto fugiu um pouco da forma como costumo escrever aqui no blog, mas é porque eu realmente queria fazer um texto mais explicativo, mostrando um pouco do que é Alta Costura e de como funciona esse mercado. Aposto que agora, vocês verão o assunto com outros olhos.

Pretendo fazer outros posts explorando mais o assunto, mas isso vocês verão daqui um tempo. Um super desculpa para a ausência, que esses dias que meu pai estava aqui ficou maior ainda. Estou com problema na organização do tempo, mas ta rolando um post ou outro as vezes né?!

Abraços, Lucas.



18 junho 2015

Vídeo: Dorset

Postei o vídeo do meu passeio do fim de semana no youtube ontem, mas não deu tempo de colocar aqui no blog. Quem ainda não viu o post do look que eu usei, só clicar no link! Espero que vocês gostem, beijão, Lucas.


17 junho 2015

Fora de Londres: Dorset


Oi gente! Aleluia deixei a preguiça de lado e editei as fotos do passeio que fiz sábado, para a Costa Jurássica. Como vocês viram em algumas fotos do look que eu usei, o lugar é lindo e rendeu tantas fotos, que foi até difícil escolher quais colocar no post.

Dorset na verdade é um condado, com várias cidadezinhas fofas e praia super maravilhosas. Nós fomos passeando de carro, e paramos em vários lugares, mas sem dúvidas o mais bonito de todos é Durdle Door, um arco natural de calcário.

Fiz vários mini vídeos e acho que vai para o meu Canal amanha, ou se o Youtube colaborar, até mesmo hoje! Seguem algumas fotos, e espero que gostem:



























































Muito legal né? O vídeo vem amanha, beijão.